Álcool e suas consequências

 

O álcool é considerado um grande problema de saúde pública em praticamente todo o mundo, alguns estudos pontuam que cerca de 90% da população ocidental adulta consome algum tipo de bebida alcoólica. 

Os primeiros relatos sobre consumo de álcool datam de 6.000 a.C., mas somente a partir do século XVII é que o alcoolismo passou a ser considerado um problema de saúde, e só depois da segunda metade do século XX é que foi respeitado como doença. 

A cultura brasileira traz o álcool como protagonista da interação social, sendo considerada a droga lícita mais consumida, tendo como seus principais consumidores cerca de 5% das mulheres e 15% dos homens acima de 15 anos de idade.

O contato com o álcool se inicia, na maioria das vezes, na fase da adolescência, pois está é repleta de mudanças de pensamentos, atitudes e comportamentos, baseada na curiosidade e busca da independência e autonomia apoiando-se socialmente aos grupos.

Existem cinco fatores listados pela OMS como principais iniciadores do consumo de drogas: 

- falta de informação sobre o tema, 

- dificuldade de inserção no ambiente familiar ou trabalho,

- insatisfação com a qualidade de vida,

- problemas de saúde e

- facilidade de acesso às substâncias. 

Considera-se que o consumo de álcool de baixo risco a saúde para um adulto é de 2 doses/dia para os homens e 1 dose/dia para as mulheres. Já o consumo arriscado está acima de 4 doses/ocasião para o homem e 3 doses/ocasião para a mulher.

Mas devemos ficar atentos ao risco da dependência psicológica, que é quando a necessidade do uso é maior que a vontade de não usar, podendo iniciar com uma simples vontade de beber e chegar a angústia e mal-estar pela falta da bebida. 

De acordo com a OMS, cerca de 40% da população mundial acima de 15 anos de idade morrem em decorrência das consequências negativas do consumo de álcool, como por exemplo acidentes automobilísticos, quedas, afogamentos, gastrite, envenenamento por álcool, violência interpessoal, entre outros.

O álcool afeta de várias formas o indivíduo, quando usado em demasia, pode trazer agravos sociais, psicológicos, econômicos e políticos, além de se estender a sofrimento emocional familiar. 

O uso abusivo de álcool não está isolado a um único fator de predisposição, existem conjuntos de situações de vulnerabilidade, entre eles está a alta taxa de transmissão familiar, de forma que os filhos de alcoolistas apresentam um risco quatro vezes maior de virem também a se tornar alcoolistas quando adultos, sendo as piores consequências relacionadas ao alcoolismo paterno. 

Entre os efeitos mais comuns associados ao álcool temos: acidentes de trânsito, acidente de trabalho, quedas, queimaduras, gastrite, doenças sexualmente transmissíveis, violência doméstica, suicídios, entre outros. 

Para a dependência ao álcool, existem tratamentos bastante eficazes, a primeira grande coisa a se fazer é aceitar que precisa de ajuda, procurar um médico e pedir ajuda da família e amigos mais próximos.

Autora: Psicóloga Amanda Cristina Fioretto, CRP 06/103301.

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