A pessoa com TOC vive com pensamentos persistentes, intrusivos e inadequados, que constituem as obsessões e trazem grande sofrimento.
Além disso, muitas vezes o indivíduo desenvolve a compulsão, ou seja, a repetição de comportamentos de higiene, como lavar as mãos, ou de organização, como emparelhar seus livros e canetas, ou ainda relacionados à segurança, contando novamente o dinheiro na carteira, ou verificando se portas e janelas estão devidamente trancadas, mesmo quando já o tenha feito diversas vezes.
Percebe que tem algo errado
O paciente com TOC sabe que tem algo errado acontecendo, diferente do que seria em uma psicose, em que o paciente não percebe as inadequações.
Na maioria das vezes, a razão tida pela pessoa para repetir o comportamento, imersa na obsessão, é algo ilógico, como se ao deixar de realizar a compulsão estivesse para ocorrer algo de que se arrependeria. A repetição dos comportamentos traz uma redução momentânea da ansiedade, porém, em alguns instantes a ansiedade volta a tomar conta do indivíduo. Desta forma, as obsessões e compulsões acabam ocupando boa parte de sua vida da pessoa.
Outros problemas
Pessoas com transtorno obsessivo compulsivo têm alto risco de sofrerem com comorbidades como: depressão (em 31%), fobia social (11%), algum transtorno alimentar (8%), abuso/dependência de álcool (8%), fobias específicas (7%), transtorno do pânico (6%) e síndrome de Tourette (5%).
É comum precisar de ajuda profissional
Muitos pacientes com TOC estão informados de que existem tratamentos eficazes e passam cada vez mais a buscarem ajuda profissional. De acordo com boa parte das pesquisas científicas atuais, a terapia cognitivo comportamental aliada à medicação é o tratamento mais completo, seguro e com benefícios duradouros.
É indicado que se procure ajuda do psicólogo ou do psiquiatra nos casos em que os sintomas estejam prejudicando o trabalho, a qualidade de vida, a saúde física ou os relacionamentos sociais e afetivos.
Autora: Psicóloga online Carine Campos, CRP 12/10.960