Ansiedade Generalizada

 

A ansiedade é como um visitante indesejado entra sem pedir autorização e sem que você perceba ocupa um enorme espaço. Lidar com a ansiedade é dizer a este visitante que ele não está mais autorizado a entrar e que, portanto não irá incomodá-lo mais.

Esta é uma pequena metáfora para ilustrar o que é ansiedade e quando ela atinge o nível mais severo, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG). Toda e qualquer pessoa está sujeita a viver episódios de ansiedade, pânico ou depressão, mas não é a mesma coisa do que formar um quadro clínico ao ponto de ser diagnosticado com uma das doenças citadas.

Ocorre que em diferentes momentos da vida as pessoas passam por dificuldades, estresses ou traumas específicos que podem desencadear episódios de ansiedade.  Para a maioria das pessoas a ansiedade gerada por estes episódios acaba sendo passageira, reduzindo ao nível normal conforme a pessoa vai ressignificando a história vivida.

Já para formar o quadro clínico da ansiedade generalizada os sintomas precisam ser recorrentes, permanecer por dias, semanas ou até meses. Nestes caso é recomendado o acompanhamento psicológico e conforme a severidade do caso, a realização de avaliação com médico psiquiatra para o possível uso de medicamentos.

Os sintomas do TAG físicos são: taquicardia, suor, tremores, náusea,  tensão muscular, tontura e falta de ar. Outros sintomas aparecem no nível emocional, como por exemplo: sofre por antecipação, medo de errar e trazer o que ocorreu no passado, evita lugares ou pessoas que possam por algum motivo lhe causar sofrimento, mesmo que pequeno, inquietude sempre com a sensação de que tem algo para fazer, dificuldade para se concentrar e irritabilidade, etc.

Além disso, existem dois comportamentos típicos da pessoa com TAG: vigilância e fuga. Na vigilância as pessoas são intolerantes a incertezas, se tornam hipervigilantes, sempre estão em alerta e preocupadas com coisas ruins que possam vir a acontecer. E na fuga, existe uma intolerância à excitação emocional, as pessoas evitam qualquer emoção mais forte. Exemplo destes comportamentos: um ente querido está doente e internado e a pessoa não quer sair do hospital mesmo ciente de que não poderá fazer nada, pois, ela acredita que se for embora o ente querido poderá vir a falecer. 

A TAG e o Transtorno do Pânico tem algumas semelhanças. Um profissional da psicologia ou da psiquiatria poderá fazer adequadamente o diagnóstico.

Algumas técnicas da Terapia Cognitiva Comportamental para o tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada:

Manejo da Ansiedade: Re-treinamento da respiração, técnica de relaxamento (autoconsciência respiratória). A respiração incorreta provoca hiperventilação e piora o mal estar.

Restruturação cognitiva: O paciente aprende a questionar crenças irracionais e pensamentos disfuncionais típicos da ansiedade.

Higiene do sono: Preparar o ambiente onde irá dormir de forma que tudo esteja agradável. Evitar café, chá e/ou qualquer bebida estimulante. 

Aplicação do Inventário de Beck de Ansiedade: visa analisar o nível de ansiedade do paciente.

O TAG tem tratamento, consulte um profissional especializado e invista na sua saúde emocional.

Autora: Psicóloga Eloiza Rodrigues, CRP 06/78.682.

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