TDAH em adultos

 

O transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) também conhecido como Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA) tem sido alvo de discussões e pesquisas científicas com intuito de deixar claro o que ele representa e as formas de tratamento. No entanto, profissionais da área da saúde e da educação ainda encontram-se muitas vezes pouco preparados para lidar com o assunto. 

O TDAH não se manifesta pela primeira vez na vida adulta, o adulto compoe a doença desde a infância, mas infelizmente muitos casos não são avaliados e as pessoas não recebem o devido tratamento. Adultos com TDAH apresentam demasiada dificuldade para se relacionar, não conseguem concluir tarefas ou eleger o que é prioridade, assumem vários compromissos ao mesmo tempo e depois se estressam por não conseguirem administrar tudo dentro do prazo estabelecido, resistem em se adequar às regras e são vistos por alguns como pessoas egoístas.

E por que as pessoas não são avaliadas na infância? O ambiente em que se vive tem participação importante no desenvolvimento da doença, sobretudo quando os pais são portadores das mesmas dificuldades, e não foram diagnosticados. A desatenção ou agitação pode ser compreendida como comportamento aprendido transmitido de pai/mãe para filho.  Desta forma, naturaliza-se os sintomas e reduzem-nos às características da família, não reconhecendo a doença e consequentemente a necessidade de tratamento. 

Na vida adulta é comum se desenvolver a crença de que a desatenção, agitação e falta de organização, por exemplo, fazem parte da personalidade, e para amenizar a agitação, a dificuldade de sociabilização e os prejuízos do TDAH, passa-se com frequência a fazer uso de medicamentos controlados (tranquilizantes) geralmente no processo de auto medicação ou drogas ilícitas tais como maconha (tranquilizante) ou cocaína (estimulante) dando margem a outros problemas. 

De acordo com alguns artigos disponibilizados pela Sociedade Brasileira de TDAH o componente genético não é a causa determinante da doença. É importante considerar a pré disposição genética, mas sempre somada aos fatores ambientais.

É válido ressaltar que também existe o Transtorno de Déficit de Atenção sem Hiperatividade e os sintomas costumam ser opostos ao TDAH. A criança é extremamente quieta, pouco socializa, e tem uma conexão interna bastante grande. Ocorre nesses casos, que a criança passa despercebida, pois não costuma apresentar comportamentos exacerbados que chamem a atenção.

E qual é o tratamento para TDAH? O tratamento deve ser multifatorial, medicamentoso e psicoterápico. Indica-se a Terapia Cognitiva Comportamental, e não há nenhuma evidencia científica de que outras formas de psicoterapia auxiliem no tratamento do TDAH.

Consulte um profissional que possa lhe orientar e com isso trazer uma nova alternativa para sua vida. As possibilidades de avanço no tratamento são grandes, além de evitar que se desenvolvam outros problemas em consequência do TDAH.

Site referência: www.tdah.org.br

Autora: Psicóloga Eloiza Rodrigues, CRP 06/78.682.

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